quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

As aulas quase começando. Esta semana foi de prerrogativas para o novo ano letivo. Aí vem pela frente duas oitavas, tres primeiros anos, dois segundos e dois terceirões. Aulas de História e um compromisso com a cabeça alheia, porque professor de História tem que quebrar paradigmas, afirmam os mais afoitos. Bem... mas por que tal tarefa deve ser exclusiva da História? Creio que isso seja decorrente do pensamento reacinário marxista. E, sinceramente, até fui marxista até final dos anos 90. Depois comecei a ver o socialismo como algo totalmente utópico, afinal ninguém conseguiu me convencer que os ditadores proletários entregariam o poder.. melhor.. desfariam o poder... afinal, ditador é ditador. E pobre com poder na mão, não larga o osso tão cedo. Rico também não. E se fosse de classe média, seria o redentor? Nada. Seria apenas mais um ditador. E ditadura é ditadura. Melhor calar quem fala contra meu poder que desejo absoluto. Democracia?? Soy contra!!!!! Então, que sobra?? Pode até me chamar de pessimista, mas acho que não tem muito jeito não. E brasileiro é bundão. O presidente aí, nunca sabe de nada e a popularidade dele só faz crescer. O Sarney continua no Senado. O Roberto Jefferson éstá meio sumido, mas logo logo apronta mais uma. O governador do DF.. com certeza será mais uma rodada de pizza. Em outros tempo eles teriam medo da eleição eminente.. mas em tempos de "não sei de nada", com certeza ele se safa. Cada país tem o governo que merece...
Mas voltando para as aulas de História, fico com a História Nova. Nada da história econômica dos marxistas; ou da História-Batalha, indiscutível e positivista de Comte. Fico com a ousadia do pessoal dos Annales: Marc Bloch, Frebvre, Braudel, George Duby; com o olhar lançado sobre o universo feminino, de Michelle Perrot; a Microhistória de Carlo Ginzburg. Meses atrás li um livro delicioso de Dominique Veillon, intitulado Moda e Guerra, onde a autora apresenta a luta das francesas contra o domínio alemão, num campo que seria chamado de "perfumaria". E no entanto, as mulheres ajudaram na resistência, se enfeitando para não permitir a queda moral do país, o desânimo de seus maridos e soldados. E por outro lado, a moda permitirá o surgimento de materiais alternativos ao couro e lã, prdutos destinados a manutenção do exército alemão. E se apresenta então, o supremo símbolo "fútil" como elemento fundamental de resistência e alternativas de vestuário utilizados ainda nos dias atuais.
Marxismo???
Deixo a quem ainda acredita em mitos.
Por mim.. me basta beijar Papai Noel na Aldeia, em Gramado, todos os dias de Natal.