domingo, 25 de julho de 2010

A noite chega com seu caos de escuridão e desce sobre meus medos... Não há luz para além desses vidros quase limpos, apenas o miado de um gato em sua procura pelo carinho de uma felina perdida ou em busca do mesmo afeto. Os sons silenciaram lá fora. Mas aqui dentro as perguntas gritam por respostas quase impossíveis. O que trarão esses dias tempestuosos? A paz, a tortura de dias silenciosos, a liberdade, o vazio, o sol entrando pelas frestas das tábuas? O vento norte sopra nesse inverno atípico, nessa noite nada calma, fantasiada de azul, bordada com lua e estrelas. Percorro os canais de uma cidade perdida na lembrança de séculos vividos e aqui estou, sempre sozinha, a espreita da noite que cala meus medos e lembranças. E eu mesma, felina noturna, desfilo por ela a espreita...

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